14/08/2008

Apontamento - Álvaro de Campos

A minha alma partiu-se como um vaso vazio.
Caiu pela escada excessivamente abaixo.

Caiu das mãos da criada descuidada.
Caiu, fez-se em mais pedaços do que havia loiça no vaso.

Asneira? Impossível? Sei lá!
Tenho mais sensações do que tinha quando me sentia eu.
Sou um espalhamento de cacos sobre um capacho por sacudir.

Fiz barulho na queda como um vaso que se partia.
Os deuses que há debruçam-se do parapeito da escada.
E fitam os cacos que a criada deles fez de mim.

Não se zanguem com ela.
São tolerantes com ela.
O que era eu um vaso vazio?

Olham os cacos absurdamente conscientes,
Mas conscientes de si mesmos, não conscientes deles.

Olham e sorriem.
Sorriem tolerantes à criada involuntária.

Alastra a grande escadaria atapetada de estrelas.
Um caco brilha, virado do exterior lustroso, entre os astros.
A minha obra? A minha alma principal? A minha vida?
Um caco.
E os deuses olham-o especialmente, pois não sabem por que ficou ali.




Na realidade... O que era eu?? Um vaso vazio?? SIM... E agora?? UM VASO INFINITAMENTE CHEIO, SEM LIMITES... ;)

Beijokas e abraçokas :)
Assuncilo

09/08/2008

No entretanto... :P

Olá Olá...
Então essas férias? LOL... É só para alguns... Eu que o diga... "Férias" o que é isso?? LOL...
Para aqueles que as podem aproveitar aqui ficam os meus parabéns... E confesso, um pouco de inveja... AHAHAHAH... Brincadeirinha...
Ontem foi o aniversário da Mary... Adorei... Vi os colegas da Faculdade e a Mary, que está fantástica! E é assim... Por entre os momentos de dedicação profissional, ainda dá para dar uns "mergulhos" sociais... Acima de tudo para estar com os amigos, de quem as saudades vão apertando...

Beijos e abraços,
Assuncilo